TERRORES NOCTURNOS
Venske & Silveira (2005) definem os terrores nocturnos como um distúrbio caracterizado por despertar abrupto que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes. A criança pode estar sentada na cama, com uma expressão aterrorizada apresentando sinais de ansiedade (taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo, sudorese, dilatação das pupilas, tónus muscular aumentado).
As primeiras vezes que os pais se confrontam com um episódio de terrores nocturnos são assustadoras, uma vez que observam o seu filho a acordar em sobressalto, uma ou duas horas após ter adormecido, com sinais de agitação, muitas vezes a gritar de olhos abertos, com o olhar fixo e movimentos descoordenados, sem responder aos seus apelos para se acalmar, o que deixa os pais extenuados e perturbados, sem saber como agir.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou.
Muitas vezes, os terrores nocturnos estão relacionados com algo assustador ou invulgar que ocorreu durante o dia, ou ainda, relacionados com mudanças importantes na vida da criança, tais como entrada no infantário, nascimento de um irmão, ausência de um dos pais, entre outros.
O que fazer perante um episódio de terror nocturno?
Venske & Silveira (2005) definem os terrores nocturnos como um distúrbio caracterizado por despertar abrupto que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes. A criança pode estar sentada na cama, com uma expressão aterrorizada apresentando sinais de ansiedade (taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo, sudorese, dilatação das pupilas, tónus muscular aumentado).
As primeiras vezes que os pais se confrontam com um episódio de terrores nocturnos são assustadoras, uma vez que observam o seu filho a acordar em sobressalto, uma ou duas horas após ter adormecido, com sinais de agitação, muitas vezes a gritar de olhos abertos, com o olhar fixo e movimentos descoordenados, sem responder aos seus apelos para se acalmar, o que deixa os pais extenuados e perturbados, sem saber como agir.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou.
Muitas vezes, os terrores nocturnos estão relacionados com algo assustador ou invulgar que ocorreu durante o dia, ou ainda, relacionados com mudanças importantes na vida da criança, tais como entrada no infantário, nascimento de um irmão, ausência de um dos pais, entre outros.
O que fazer perante um episódio de terror nocturno?
1. Não tente acordar a criança, uma vez que esta não a irá ouvir e poderá, inclusivamente ficar mais agitada se se intrometer no terror (normalmente o episódio demora entre 1-10 minutos);
2. Deixe-a no berço/cama, assegurando-se que esta se encontra segura (por vezes fica de tal modo agitada que poderá cair da cama;
3. Não fale sobre o assunto no dia seguinte, uma vez que a criança não se recorda do episódio;
4. Reduza as situações de tensão durante o dia da criança;
6. Com o passar dos anos os terrores acabam por diminuir e tal como apareceram desaparecem espontaneamente.
Os terrores nocturnos e os pesadelos são a mesma coisa?
Não. Enquanto os terrores nocturnos surgem mais no princípio da noite (em que os períodos de sono profundo são mais longos), os pesadelos são um fenómeno do sono superficial (sono REM), e por isso ocorrem mais na segunda metade da noite ou quando a manhã se aproxima (quando aumentam os períodos de sono REM).
Por outro lado, nos terrores nocturnos o despertar acontece no início do episódio, enquanto nos pesadelos a criança acorda a meio ou no final, quando a tensão causada pelo conteúdo assustador do sonho se torna demasiado intensa. Ao acordar de um pesadelo a criança rapidamente fica orientada e desperta, consegue descrever o conteúdo do sonho e deixa-se tranquilizar pelos pais (em contraste com os terrores nocturnos em que se mantém confusa e agitada, sem que nada a acalme, esquecendo o episódio logo que retoma o sono).
PESADELOS
Os pesadelos mais frequentes nas crianças de 2 ou 3 anos incluem a perda ou perigo. Os “monstros” muitas vezes são a causa do pesadelo no entanto a separação dos pais também é problemática. Nas crianças dos 4 aos 6 anos as tensões saudáveis como o lidar com os seus novos sentimentos de agressividade podem ser acompanhados de medos e pesadelos. Novos medos podem surgir durante o dia tais como abelhas, aranhas, elevadores, ruídos estridentes (trovão, sirenes, o ladrar dos cães, etc.) muitas vezes transportados para a noite como pesadelos (Brazelton & Sparrow, 2007).
Nas crianças com idade inferior a 5/6 anos os pesadelos são mais perturbadores pois a criança não entende que o sono não é real. A partir dos 5/6 anos a criança começa a perceber a diferença entre sonho e realidade, no entanto nesta idade, as crianças ainda precisam de acreditar no lado positivo dos seus “ bons” sonhos. Por isso, não se pode esperar que deixem de acreditar nos “sonhos maus” (Brazelton & Sparrow, 2007).
A criança assustada por um pesadelo acorda por completo e, se já sabe falar, consegue dizer algumas das coisas que se passaram no sonho. Outras vezes, não se recorda do pesadelo no entanto não se esquece daquilo que a fez sentir. A criança implora conforto, e é capaz de se agarrar aos pais, com medo de voltar adormecer sozinha. Pode levar algum tempo a acalmá-la. (Brazelton & Sparrow, 2007).
Lidar com os pesadelos (Brazelton & Sparrow, 2006):
A hora de dormir:
1. Sentar-se junto da criança, explicando o que a preocupa.
2. Aceitar os receios da criança e a necessidade de se agarrar aos pais.
2. Aceitar os receios da criança e a necessidade de se agarrar aos pais.
3. Recordar a criança formas para se confortar, desviando o pensamento para coisas boas.
4. Deixar uma luz de presença no quarto.
5. Encorajar e aceitar o uso de objectos de conforto (ursinho, uma boneca ou cobertor preferido) como companhia e forma de afastar todos os medos.
6. Contar histórias que ajudam a compreender os medos e sentimentos vivenciados de forma indirecta.
7. Quando a criança recorre a cama dos pais, depois de um pesadelo, deve-se acalmá-la e posteriormente levá-la de volta a cama dela. Esta transição pressupõem aconchego e conforto durante alguns minutos no seu quarto.
Durante o dia:
1. Ajudar a criança a certificar-se de que não existem fantasmas nem monstros debaixo da cama nem dentro do armário.
2. Ajudar a criança a entender os sentimentos descontrolados durante o dia que ocorreram durante o pesadelo.
3. Explicar e dar informações simples, claras, credíveis em termos que ela possa entender acerca dos acontecimentos da vida familiar que possam estar a perturbá-la.
4. Evitar filmes, programas de televisão, jogos de computador que possam ser violentos e provocar medo ou incompreensão do assunto por parte da criança.
4. Deixar uma luz de presença no quarto.
5. Encorajar e aceitar o uso de objectos de conforto (ursinho, uma boneca ou cobertor preferido) como companhia e forma de afastar todos os medos.
6. Contar histórias que ajudam a compreender os medos e sentimentos vivenciados de forma indirecta.
7. Quando a criança recorre a cama dos pais, depois de um pesadelo, deve-se acalmá-la e posteriormente levá-la de volta a cama dela. Esta transição pressupõem aconchego e conforto durante alguns minutos no seu quarto.
Durante o dia:
1. Ajudar a criança a certificar-se de que não existem fantasmas nem monstros debaixo da cama nem dentro do armário.
2. Ajudar a criança a entender os sentimentos descontrolados durante o dia que ocorreram durante o pesadelo.
3. Explicar e dar informações simples, claras, credíveis em termos que ela possa entender acerca dos acontecimentos da vida familiar que possam estar a perturbá-la.
4. Evitar filmes, programas de televisão, jogos de computador que possam ser violentos e provocar medo ou incompreensão do assunto por parte da criança.
_______________________________________ Vânia Coimbra
Bibliografia
BRAZELTON, T.; SPARROW, D. – A Criança e o Sono: o método Brazelton. 4ª ed: Editorial, 2007. ISBN: 972-23-3187.
FERRÃO, Ana (www.medicoassistente.com/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=98)
BRAZELTON, T.; SPARROW, D. – A Criança e o Sono: o método Brazelton. 4ª ed: Editorial, 2007. ISBN: 972-23-3187.
FERRÃO, Ana (www.medicoassistente.com/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=98)
9 comentários:
Estas deixas são óptimas. Levei muito tempo a perceber que no caso dos terrores nocturnos, o melhor é deixar que o episódio passe, sem grandes interferências. Mas, até lá até pensei que o meu filho pudesse sofrer algum distùrbio por que há muita falta de informação e mesmo os pediatras não têm muitos conhecimentos sobre o assunto. Bom trabalho.
O meu filho tem terrores noturnos e por muito estranho que pareça até já me enviaram a um neurologista. Hoje vou dormir "um pouco mais descansada"
Espero que continuem.
Obrigada
Muito obrigada pelo esclarecimento, tomara que seja só isso mesmo, pois fiquei com muito medo do que acabou de me acontecer...minha filha de 4 anos acordou do jeito que vc fala aqui...fiquei apavorada e mais confortada ao ler sobre essa matéria.
será que me podem ajudar??
o meu filho so tem 18 meses e acorda senta-se na cama a chorar cnvusivamente.é mto pequeno para lhe conseguir explicar algo.
estou a desesperar nao sei o que fazer.
Minha filha tem quase 4 anos. A descrição de "terrores noturnos" encaixa na perfeição no que acabou de acontecer.
É assustador!
Alguém sabe se é possível não voltar a acontecer???
Obrigada!
O mal são as crianças ficaram sozinhas durante o dia com canais como o Panda, o mesmo que a meio da tarde passa vezes sem conta os Gormitti, Super Max e outros quejandos que tais. No meu tempo, a televisão começava às 17h30. Agora é o que se quer. Muitas vezes as amas e empregadas domésticas também não ajudam pois são as primeiras a optarem pela televisão como forma de as distrair.
OLá, o meu filho de 2 anos tem episódios de terror noturno à quase 3 meses, tentei todas as formas para o acalmar e sem sucesso. Hoje levei o menino ao pediatra e receitou umas gotas para induzir o sono, confesso que fiquei aliviada por saber de uma solução, já me encontrava desesperada por sentir impontente. A primeira noite dormiu as primeiras horas de sono profundo, acordou mas sem gritos, dei-lhe colo aconcheguei-o e pôs de volta na sua caminha. Isto agora vai ser um dia de cada vez...
Olá! Há 7 noites que o meu filho de 6 anos tem tido pesadelos noturnos. Que vê homens com coisas espetadas nos olhos, cheios de sangue... Esta madrugada voltou-se a repetir. O pai foi para junto dele porque a minha cabeça numa semana sem descanso e a trabalhar está de rastos! O mais assustador foi que quando me levantei da cama, descobri que debaixo da minha almofada estavam 2 facas de inox (as que usamos para jantar)e uma colher de plástico. Não questionei nada para não o pressionar, mas estou assustadissima. Porque se não fui eu a coloca-las nem o meu marido, só pode ter sido ele, mesmo que inconscientemente. Ao final do dia, em tom de brincadeira perguntei se tinha andado a brincar aos "restaurantes", pois tem imensas comidas a fingir e uma máquina registadora. Negou. Quando perguntei se sabia como tinham ido parar tais objetos ao quarto dos pais, respondeu de novo que não sabia e com mais insistência lá disse "não me lembro de nada, mãe".
Vou aguardar como irão correr as coisas nesta 2ªsemana, mas confesso que não me está a ser nada fácil entendes medos.
Alguém já teve alguma situação semelhante que me possa orientar?
O meu filho fez agora 21 meses, mas desde os 18 que passava por este drama.Calculei que fossem pesadelos,mas não sabia que existiam tambem os terrores noturnos e aí vi que afinal o meu filho tinha terrores noturnos.Além de acordar aos gritos e afastar me quando o quero sossegar,fala muito durante o sono,e faz sons e so depois é que sossega e dorme sossegado.É muito complicado ver mos os nossos filhos passarem por isto,mas nos pais temos que ter coragem e nao entrarmos em ansiedade.
Enviar um comentário