terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Há razões para acreditar num mundo melhor: feliz ano novo!

Há mesmo razões para acreditar num mundo melhor! Vejam as nossas crianças... Apreciem o seu sorriso, o seu olhar, a sua malícia!
Elas têm esperança e acreditam no mundo em que vivem...Vamos ter esperança tanbém!

Feliz ano 2012!

São os votos da equipa de preparação para a parentalidade da UCC Santa Maria da Feira


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O meu bebé não para de chorar...

Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Durante os primeiros meses o choro é normalmente um sinal de fome, desconforto ou cansaço. É o único meio que o bebé tem para comunicar que algo está mal...

Os pais vivem os primeiros dias de vida do seu bebé num estado de confusão de sentimentos: à enorme felicidade associa-se a ansiedade e o medo de não ser capaz. Informações contraditórias chegam de todos quantos os visitam. 'Porque é que chora o meu bebé?' Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Segundo estudos realizados nesta área, a média total é de duas horas por dia no primeiro mês. Durante os primeiros meses, o choro é normalmente um sinal de fome, de desconforto ou de cansaço.

Fome
O bebé com fome chora imediatamente antes da hora da mamada e deixa de chorar assim que se alimenta. Nos primeiros meses de vida, e em especial no primeiro mês, os lactentes fazem mamadas mais frequentes e curtas. Ao contrário de toda a fisiologia animal, a 'normalização horária' da sociedade resultou na imposição horária tanto na duração das mamadas como no espaçamento das mesmas e na consequente recusa das mamadas a pedido.

Desconforto
O choro pode ser sinal de desconforto provocado por fralda suja, calor ou frio. Durante os três primeiros meses de vida é frequente os bebés terem dores abdominais por acumulação de gases - cólicas periódicas. O bebé tem períodos irregulares de choro ao longo do dia ou noite e apresenta distensão abdominal. Muitas vezes manifesta desconforto após a refeição, mexendo-se muito.

Para evitar a acumulação de gases apresentamos alguns conselhos:
- Tente criar um ambiente calmo para não transmitir a sua ansiedade ao bebé.

- Evite que durante a refeição o bebé engula ar. Não o deixe muitas horas sem se alimentar porque ao tentar comer mais depressa irá engolir mais ar. Adapte-o bem à mama ou, no caso de usar biberão, tenha o cuidado de o inclinar o suficiente de forma a que a tetina seja completamente preenchida por leite.

- No final de cada mamada segure o bebé com a cabecinha e tronco em posição vertical. Deixe-o arrotar bem e espere assim, mais um pouco, antes de o deitar.

Cansaço
O choro limitado a um período particular do dia (quase sempre nas últimas horas do dia) é provavelmente sinal de cansaço. O bebé cansado pode ter sido muito estimulado durante o dia e assim não adormecer sem passar por um período de agitação.

Alguns conselhos:
Não deixe o bebé chorar durante longos períodos de tempo sem averiguar o motivo. Este é o único meio que o bebé tem para comunicar que alguma coisa está mal.
É importante transmitir calma ao bebé. 'Aqui estão os teus pais para te ajudar.' Se o choro se tornar inconsolável, se o bebé vomitar, se surgir febre ou recusa em alimentar-se consulte imediatamente o médico. Só ele poderá esclarecer todas as dúvidas.

Carla Sá, assistente de Pediatria
IN: Educare

domingo, 31 de julho de 2011

Bolinha de berlim...

Bolinhas de berlim!... anunciava a vendedora.

Um casal com uma menina, fez-lhe sinal.
Rápidamente a vendedora se apróximou.

A filha do casal com cerca de 4 anos disse-lhe:
- Olá ! Hoje a tua filha não veio?
- Olá! Não hoje não veio.
A mãe da menina pediu duas bolas, e a vendedora retorquiu
- Hoje são só duas, não quer engordar!...
A menina rápidamente respondeu:
- A minha mamã não é gorda, está assim por causa da gravidez! Não vês?
- Claro que tonta que sou, desculpa. Respondeu a venedora.
Enquanto os pais da menina sorriam cheios de felicidade!

MF

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Comemorações do Dia Mundial do Aleitamento Materno 2011

Dia Mundial to Materno2011 (2)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dia dos Avós -26 de Julho

O Dia dos Avós é amanhã por isso vamos mimar muito os nossos avós!
Este dia foi escolhido para a comemoração do dia dos avós, porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Os avós têm um papel muito importante na família, que vai muito além dos carinhos e miminhos dados aos netos, muitas vezes são aquele porto seguro dos jovens pais, neles encontram a segurança afectiva e tantas vezes também financeiro. Não é por acaso que o povo diz que os avós são pais duas vezes.

“Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.”(Portal da Familia)

Conta a história que Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem deram o nome de Maria.

Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos.

Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho. S. Joaquim e Sta Ana são os Padroeiros dos avós.


Queridos avós mil beijinhos e muitos abraços cheios de amor e carinho.
Todo o respeito e amor para os avós!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Saltos de Desenvolvimento

«Os bebés não se desenvolvem a um ritmo constante, muitas vezes dão uma acelerada, outras vezes desenvolvem-se mais devagar ...

A cronologia abaixo é retirada de um livro em holandês.
O livro diz que no período imediatamente antecedendo os saltos, o bebé de repente se sente perdido "inseguro", pois o seu sistema perceptivo e cognitivo mudou (segundo os autores, tudo isso pode ser observado neurologicamente), mas ele ainda não se acostumou, então o "tudo" parece muito estranho...

O que acaba acontecendo é que ele quer voltar a base, ao que ele conhecia, ou seja, a mãe.
Então nessas fases eles ficam mais carentes, precisando de colo, e com frequência também comem e dormem pior. E segundo os autores, depois de algumas semanas essa fase difícil passa e tudo volta a normalidade.

Existe uma certa variação entre bebés, mas a cronologia observada (experimentalmente) pelos autores dos períodos de crise é:

-5 semanas / 1 mês
- 8 semanas /quase 2 meses
-12 semanas /quase 3 meses
-19 semanas /4 meses e meio
- 26 semanas /6 meses
- 30 semanas /7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses

Ainda segundo os autores, depois de uma crise o bebé, de repente, começa a fazer coisas que não fazia antes, dá um salto de desenvolvimento mesmo, e também fica mais feliz.
Então durante as crises é preciso ter um pouco de paciência, pois logo passa... »

O site do livro é: http://www.oeiikgroei.nl/,
Autores: Hetty van de Rijt en Frans Plooij
Fonte:Grupo de Soluções para noites sem choro

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dia Mundial da Criança



No próximo sábado 4 de Junho das 9h às 13h, a Associação Milagre de Vida.
Vem participar desta festa onde comemorar o dia MUNDIAL DA CRIANÇA!

Atenção pessoal mais pequeno não faltes, porque vai connosco o Palhaço Trolaró e a Boneca Purpurina, com muitas surpresas e brincadeiras.
Esperamos por ti!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comemoraçao do Dia Mundia da Família 2011

Conheça o Programa e se gostar venha com a família comemorar este lindo Dia Mundial da Família
Folheto Dia da Família 15 de Maio de 2011

Cartaz Dia da Família 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um bom exemplo!

Mais uma vez fica provado que o trabalho de equipa multidisciplinar em comunidade traz ganhos em saude evidentes, necessário é não ficar só por dias especiais mas transforma-los em programas comunitários.

quinta-feira, 17 de março de 2011

As crianças e os antibioticos

Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas e o seu consumo tem vindo a aumentar nos países ocidentais, especialmente entre as crianças. Talvez fruto do excesso de zelo dos pais que, perante a febre que teima em não baixar, ficam naturalmente preocupados e procuram algo que cure rapidamente os seus filhos.

Mas a verdade é que a grande parte das infecções que "atacam" as crianças são provocadas por vírus e não por bactérias e, sendo assim, o uso de antibióticos seria dispensável.

Também na doença os pais têm de ser pacientes e não recorrer aos antibióticos de ânimo leve.
Em primeiro devem recorrer a antipiréticos e analgésicos e, se ao fim de três dias a criança não apresentar melhoras, então é altura de recorrer ao médico de família/pediatra que avaliará melhor a situação.


Se o médico de família/pediatra prescrever antibiótico não nos podemos esquecer que este deve ser tomado até ao fim, mesmo se a criança já se sentir bem ao fim de três dias (por exemplo). Só assim evitaremos uma recaída e também prevenimos a resistência das bactérias aos antibióticos.
A automedicação com antibiótico não é uma boa opção, uma vez que a criança pode estar a tomar um medicamento "forte" sem ter necessidade e, em certa parte, a contribuir para a resistência das bactérias aos antibióticos.

O melhor "antibiótico" que podemos dar aos nossos filhos é o leite materno. Os bebés amamentados têm menos probabilidades de ficar doentes, uma vez que a mãe lhe transmite os seus anticorpos.

Patricia Soares

sábado, 8 de janeiro de 2011

O SEU FILHO DEVE DORMIR SEMPRE DE COSTAS !


Surgem sempre muitas dúvidas no que toca à posição de dormir dos bebés, de lado?, de costas? Assim fica aqui as recomendações da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

Vários estudos epidemiológicos, incluindo milhares de lactentes, demonstram que a posição mais segura para dormir é o decúbito dorsal (de costas). A publicidade a favor da posição de costas para dormir, permitiu reduções da mortalidade entre 20 a 67%, sem aumento do número de mortes por aspiração de vómito.

Em Abril de 1996 a Academia Americana de Pediatria, baseada na avaliação cuidadosa dos estudos publicados, recomenda o decúbito dorsal para os lactentes. Esta recomendação é também publicada no mesmo ano, em Portugal, pela Direcção Geral da Saúde e consta do Boletim de Saúde Infantil e Juvenil. Actualmente há evidência suficiente para que nos nossos serviços, nas nossas unidades, os bebés que estiverem em berço se coloquem de decúbito dorsal (exceto se contra-indicado), e que o mesmo seja aconselhado aos pais, tanto na alta como em ambulatório.

São raras as situações clínicas onde esteja contra-indicado o decúbito dorsal, como é o caso de algumas malfoemações oro-faciais e casos excepcionalmente graves de refluxo gastro-esofágico . O decúbito ventral (de barriga para baixo) só deverá ser adoptado por uma prescrição médica.

A posição de decúbito ventral é um factor de risco para Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL). Algumas das razões porque o decúbito ventral é considerado perigoso e favorecer o SMSL estão relacionadas com um sono mais profundo e um aumento do limiar do despertar (mais acentuada em alguns bebés susceptíveis). A respiração do próprio ar expirado condicionando uma elevada concentração de anidrido carbónico no ar inspirado, a pressão exercida na face do bebé, dificultando a respiração, a inibição dos reflexos laríngeos e o sobreaquecimento por diminuição da perda de calor pelo rosto e pela cabeça, são outras tantas razões.

Dormir de lado não é tão seguro como de costas.
Não devem ser utilizados sistemas de contenção, como rolos, faixas, etc.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sono: Um bem precioso para o bebé e para os pais!


O sono é muito importante para os bebés uma vez que é nessa altura que o cérebro se desenvolve, logo deve ser uma preocupação dos pais incutir desde cedo boas rotinas de sono.

Assim deixo aqui algumas dicas de sono para tentar incutir aos bebés:
É importante estabelecer rotinas no dia-a-dia do bebé, por isso vai ajudar o seu bebé a estabelecer um horário de dormir se todos os dias, mais ou menos à mesma hora, lhe der um banho quente, seguido de uma massagem e de histórias e/ou canções de embalar;

Devemos evitar "muletas" como o embalar o bebé até ele adormecer ou dar-lhe a chupeta. Senão ele pensa que sóconsegue adormecer se for embalado ou chora se a chupeta cair a meio da noite. Em vez destas coisas, podemos deixar um pequeno cobertor ou uma fralda de pano ao lado da cabeça do bebé com o qual ele se possa confortar;

Por último, deitar o bebé antes dele estar a dormir também é importante para que se aperceba de que é hora de dormir e que consegue fazê-lo sozinho.

Muitas vezes não é fácil seguir estas dicas, especialmente quando ainda são pequeninos e começam a choramingar... Contudo cabe a cada casal (mãe e pai) estabelecer a rotina do seu próprio bebé (o que implica muitas vezes experimentar diversas coisas) de forma a também estes poderem ter um sono (mais ou menos) descansado.


Bons sonos...
Patricia Soares

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O nascimento do Menino Jesus

Todos sabemos que as crianças adoram histórias.
Por isso, neste Natal, a equipa de Enfermagem de Saúde Materno-Infantil quer dar as boas festas às crianças e suas famílias, presenteando-as com uma bela história de Natal!

"Nasceu o Menino Jesus"

"Há muito, muito tempo, num país lá longe… por uma noite escura, dois pastores vigiavam o seu rebanho de carneiros. Mas, de repente, apareceu no céu uma luz tão brilhante que deslumbrou os pastores!

Essa luz suave e linda vinha de um anjo que sorriu aos pastores e lhes anunciou o nascimento de um menino em Belém… um menino chamado Jesus.

Ide vê-lo – pede o anjo aos pastores.
Está num estábulo, deitado numa majedoira.
Virá uma estrela para vos guiar!

Então o céu ficou coberto de anjos que cantavam com voz doce:

- Glória a Deus nas alturas! – Os pastores estavam encantados. Depois, os anjos desapareceram e o céu ficou, outra vez, escuro.

Antes do nascer do dia, os pastores foram para Belém e levaram com eles todos os carneiros.
Andaram, andaram, andaram, guiados por uma estrela que parou em Belém mesmo por cima de um estábulo que parecia abandonado.
Os pastores aproximaram-se com os seus carneirinhos.
- Será aqui? – perguntou um pastor.
Será aqui, neste pobre estábulo, que nasceu Jesus? – perguntou o outro.
Deixando os carneiros a pastar no campo, os pastores entraram devagarinho no estábulo.

E viram o Menino deitado na majedoira, rodeado pelos pais.

Este é Jesus! – diz Maria.
Este é Jesus ! – diz José.
Os pastores ajoelharam-se diante do Menino para o adorar. A estrela continuava a brilhar, a brilhar… Que noite tão linda!

Mas a boa nova chegara ao deserto e de lá vieram os três Reis Magos montados em camelos e guiados pela estrela. Vinham visitar o Menino Jesus e trazer-Lhe presentes.

O primeiro, Belchior, trouxe-Lhe ouro.
O segundo, Gaspar deu-Lhe incenso. O terceiro, Baltasar, ofereceu-lhe mirra.
Ai que presentes tão belos!

Maria pegou no Menino ao colo e apresentou-O aos três reis.
Depois, admirada, perguntou-lhes:
Como souberam que estávamos aqui?

Os Reis Magos responderam:
- Vimos no céu uma estrela que brilhava noite e dia. Seguimo-La até Belém para adorar o Menino.
Depois de darem os presentes que traziam, os três Reis Magos despediram-se. Maria e José vieram à porta dizer-lhes adeus.
Adeus e obrigado! – disse José.
- Adeus e obrigado! – disse Maria.

Esta maravilhosa história da estrela que guiou os pastores e os reis até ao estábulo onde Jesus nascera… esta maravilhosa história que todas as crianças do mundo conhecem…
.................... é a História do Natal!

E agora cantem todos :
“ Alegrem-se o Céu e a Terra,
Cantemos com alegria.
Que nasceu o Deus Menino
Filho da Virgem Maria.” "

Fonte: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:hnY7N4-1b7cJ:www.quadroegiz.com/out_materi/hist_natal.ppt+como+nasceu+o+menino+jesus%3F&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt
Por: Gorete Fonseca e Margarida Baltazar

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Varicela

No intervalo de 15 dias fiquei com os meus filhos com varicela. Primeiro o mais velho que a contraiu no jardim de infância, e depois a mais nova que a contraiu em contacto com o irmão!
Consultei alguma literatura e queria partilhar convosco um artigo de Ariana Afonso e colaboradores, do Hospital de S. Marcos (Braga)...
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"Varicela - que pintinhas tão chatinhas!"

A verdade é que, tratando-se de crianças saudáveis, o melhor será mesmo permitir o contágio. Regra geral é sempre preferível que tenham a doença ainda na infância.

A varicela é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada por um vírus, o Vírus Varicela Zoster, pertencente à família Herpesvírus.

É uma doença da infância, atingindo preferencialmente crianças entre os 2 e os 10 anos, podendo, contudo, surgir em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade. Ocorre predominantemente no fim do Inverno ou início da Primavera, sendo frequente o aparecimento de surtos.

A transmissão pode fazer-se de duas formas: por contacto directo com as lesões cutâneas ou indirectamente, através do ar contaminado com secreções respiratórias (espirros, tosse, gotículas de saliva) de indivíduos infectados.

O risco de transmissão começa cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões cutâneas e só termina quando todas as lesões se encontram em fase de crosta. Assim, se o seu filho contrair varicela, só deverá permitir que volte ao infantário quando todas as lesões estiverem "secas".
O risco é mais elevado em situações de contacto íntimo ou de permanência em ambientes fechados (creches, salas de aula, salas de espera de consultórios, enfermarias...). Se ocorrer um contacto intrafamiliar a probabilidade de vir a desenvolver a doença é muito grande (cerca de 80% a 90%), pelo que o aparecimento de um caso numa família implica, em geral, o contágio de todos os membros não imunes.

O período de incubação, isto é, o tempo entre o contacto com a pessoa infectada e o aparecimento da doença, pode ir de 10 a 21 dias.

Embora em alguns indivíduos a doença possa manifestar-se de forma muito discreta, passando por vezes mesmo despercebida, não deixa de ser igualmente transmissível. Além disso, como o período de contágio começa antes do aparecimento das lesões, a transmissão pode ocorrer através de uma pessoa aparentemente saudável que só posteriormente desenvolveu a doença.

Por vezes, os pais têm tendência a afastar os seus filhos do contacto com outras crianças com varicela. A verdade é que, tratando-se de crianças saudáveis, o melhor será mesmo permitir o contágio. Regra geral, é sempre preferível que tenham a doença ainda na infância. Assim ficarão protegidos, não correndo o risco de contrair a doença na adolescência ou idade adulta, altura em que as complicações são mais frequentes e, habitualmente, mais graves.

Atenção, no entanto, se o seu filho apresentar o sistema imune comprometido ou defesas diminuídas (SIDA, neoplasia), se estiver a fazer tratamento prolongado com corticosteróides ou se tiver menos de 3 meses, neste casos deve evitar todo e qualquer contacto.

Sintomas
A febre baixa é frequentemente o primeiro sintoma de varicela, podendo associar-se a dor de cabeça, dor de garganta, dor de barriga, cansaço e diminuição do apetite.
Cerca de dois dias depois aparecem pequenas manchas vermelhas, normalmente na face, tronco e couro cabeludo, que podem espalhar-se para o resto do corpo.
Provocam muita comichão e transformam-se rapidamente (em poucas horas) em "bolhinhas" cheias de líquido. Estas bolhas vão-se rompendo e secando, formando crostas em alguns dias (1-3 dias).
À medida que se vão formando crostas, novas manchinhas aparecem, de modo que, numa mesma área de pele, podem encontrar-se manchas, bolhas e e crostas. Habitualmente só deixam de aparecer novas lesões ao fim de 5 dias.

Também é frequente o aparecimento de lesões nas mucosas (boca, genitais...). Se isso acontecer, é natural que o seu filho tenha alguma dificuldade em comer, pelo que deverá oferecer-lhe alimentos mornos ou frios e moles, evitando os ácidos (laranja, quivi) e os salgados.

O número de lesões pode ser muito variável, sendo habitualmente maior em crianças com patologia dermatológica de base como, por exemplo, eczema.

Tratamento
Regra geral, o tratamento da varicela é sintomático, de modo a minimizar os sintomas e desconforto dela decorrentes.

Um banho de água morna, com óleo emoliente, pode proporcionar algum alívio, mas tenha sempre o cuidado de secar sem esfregar. Não aplique pomadas nem talco. As lesões infectadas devem ser desinfectadas.

Tenha também cuidado com a exposição solar. As áreas de pele atingidas são mais susceptíveis a queimaduras solares, além de que o sol pode realçar lesões residuais.

E também essencial cortar as unhas. Não se esqueça que as lesões "agredidas" têm maior probabilidade de infectar e, consequentemente, deixar cicatrizes.

O paracetamol pode ser utilizado quer para baixar a febre, quer para aliviar o desconforto, especialmente nos primeiros dias. Mas, cuidado: nunca deve dar ácido acetilsalicílico ou derivados (como Aspirina®, Aspegic®) a crianças com varicela. A sua utilização pode conduzir ao desenvolvimento de uma reacção grave - a síndrome de Reye.

Pode também associar-se um anti-histamínico para aliviar a comichão. Embora exista um fármaco específico, este não é capaz de eliminar o vírus, podendo apenas diminuir a duração e intensidade dos sintomas. A sua utilização rotineira em crianças saudáveis não está indicada, mas deverá ser prescrito a indivíduos com maior risco de complicações (crianças com menos de 1 ano, adolescentes, em casos de doença exuberante, doença crónica pulmonar ou dermatológica subjacente, tratamento prolongado com corticosteróides e imunodeprimidos) ou quando se trata de um segundo caso intrafamiliar ou numa instituição. Para ser eficaz deverá ser iniciado o mais rapidamente possível, idealmente nas primeiras 12-24 horas de doença.

Complicações
A varicela é uma doença tipicamente benigna, autolimitada, que, na maioria das vezes, evolui sem complicações. No entanto, estas podem surgir:

- a infecção bacteriana secundária das lesões cutâneas é a complicação mais frequente, podendo implicar a utilização de antibióticos;

- também a disseminação do vírus para o pulmão, embora pouco frequente, pode ocorrer, levando ao desenvolvimento de pneumonia, com febre, tosse e dificuldade respiratória. O risco é maior quando a doença é exuberante e em crianças com patologia pulmonar subjacente;

- o sistema nervoso central também pode ser atingido, conduzindo a alterações neurológicas, nomeadamente ataxia cerebelosa aguda e meningoencefalite. A ataxia cerebelosa aguda caracteriza-se por irritabilidade, alterações da marcha, visuais e da linguagem que surgem cerca de 1 semana após o aparecimento das lesões. Em geral, resolve-se espontaneamente em 2-4 semanas. A meningoencefalite pode manifestar-se de múltiplas formas, nomeadamente dor de cabeça, vómitos, alteração do estado de consciência ou convulsões, podendo deixar sequelas;

- quer o envolvimento pulmonar quer o neurológico podem surgir em fase de convalescença, quando as lesões já estão praticamente a desaparecer, ou mesmo semanas ou meses depois;

- o risco de complicações é maior em recém-nascidos, crianças com patologia crónica de base, imunodeprimidas ou em tratamento com costicosteróides, pelo que nestas circunstâncias deverá sempre procurar a opinião do seu médico assistente. Para além disso, são sinais de alarme febre prolongada (mais de 7 dias), muito elevada ou que reaparece após um período sem febre, vómitos persistentes, prostração ou sonolência (não confundir com a sonolência causada por alguns anti-histamínicos), desorientação, alterações da marcha, discurso incoerente, alterações visuais e dificuldade respiratória, entre outros.

Todos aqueles que desenvolvem a doença, mesmo com formas muito ligeiras, adquirem protecção (imunidade) permanente, pelo que não voltarão a adquiri-la. Contudo, o vírus pode ficar como que adormecido nas células do tecido nervoso do nosso organismo, podendo ser reactivado mais tarde, manifestando-se sob a forma de herpes Zoster, conhecido como "Zona".

Uma pessoa que nunca tenha tido varicela pode ser infectada pelo Vírus Varicela Zoster através do contacto com as lesões de um indivíduo com zona, podendo a partir daí desenvolver varicela.

Vacina
A vacina da varicela é uma vacina de vírus vivo atenuado.

Em crianças com idade compreendida entre os 12 meses e os 12 anos está indicada uma dose única. A partir dos 13 anos devem efectuar-se duas doses com intervalo de 4-8 semanas. Pode ser administrada juntamente com outras vacinas, embora em locais diferentes.

Não existem vacinas 100% eficazes, mas alguns estudos chegam a apontar uma taxa de eficácia na ordem dos 80% a 90% para a vacina da varicela, isto é, em 10 crianças vacinadas, 8 ou 9 estarão completamente protegidas de doença grave. De acordo com estudos efectuados em países onde a vacina já foi introduzida há alguns anos, essa protecção parece durar mais de 15 anos.

Uma criança vacinada pode desenvolver varicela. Porém, se tal acontecer, a doença manifestar-se-á com menos sintomas e terá menor duração.

Podem surgir alguns efeitos secundários ligeiros, sendo o mais frequente a reacção no local da picada. As reacções secundárias graves (reacção alérgica grave, convulsões, encefalite, pneumonia) são extremamente raras.

Embora a vacina só esteja indicada em crianças que não tenham tido varicela, não existe qualquer risco acrescido se a vacina for administrada a uma criança que já tenha tido a doença.

Existe o risco teórico, mas pouco provável, de transmissão da doença a partir de indivíduos vacinados. Assim, os mais susceptíveis deverão evitar o contacto com estas crianças durante um período de alguns dias após vacinação.

A vacina está contra-indicada em crianças com sistemas imunes deprimidos, que estejam a fazer tratamento crónico com corticosteróides ou com aspirina, receptores recentes de transfusão de sangue ou derivados ou com história de alergia à neomicina.

Na verdade, os riscos associados à vacina parecem ser bem menores do que os da doença em si.

Contudo, no nosso país a vacina ainda não foi introduzida no Plano Nacional de Vacinação. Isso significa que nem todas as crianças estão vacinadas, podendo o vírus disseminar-se e vir a infectar com maior gravidade os não vacinados, adolescentes e adultos, entre outros.

É, pois, importante ponderar a relação risco/benefício no que diz respeito à vacinação contra a varicela.

Ariana Afonso - Elaborado com a colaboração de Isabel Cunha e Henedina Antunes, pediatras do Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos de Braga.

Fonte: http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=1425A8DBAD6A474AAF81F0555CE0D6C9&opsel=2&channelid=0
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Não posso deixar de acrescentar que, na varicela, o mais difícil diz respeito ao prurido (comichões) que as crianças sentem, acabando por lhes perturbar as actividades diárias e até mesmo o sono.

A melhor receita para lidar com crianças com varicela consiste:
- uma boa dose de paciência;
- total disponibildade;
- amor, carinho e colinho, qb;
- aplicar técnicas de distração, desenvolvendo actividades lúdicas e criativas (fazer um bolo, dançar, cantar, jogos de grupo...)
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____________________________________ Vânia Coimbra