
R - É a idéia, a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. É o valor que se dá a si mesmo.
2- O que é baixa auto-estima?
R - É a idéia que a pessoa tem de ser uma pessoa de pouco valor.
3- Quais as opiniões que a pessoa com baixa auto-estima tem sobre si mesma?
- Sou insegura, tenho medo de fazer as coisas.
- Sou inadequada, não faço nada direito.
- Esto

- Estou sempre incerto do que sou, nunca sei o que fazer.
- Nunca posso errar, devo fazer tudo com perfeição ou é melhor não fazer.
- Tenho uma vaga idéia de não ser capaz de realizar nada (depressão)
- Tenho necessidade de agradar e ser reconhecida pelas pessoas. Acho que não gostam de mim.
4- O que diminui a auto-estima?
- Autocríticas infundadas; Críticas infundadas;
- Culpa por responsabilidade excessiva; Isolamento;
- Rejeição; Carência falta de receber demonstrações de afetos;
- Frustração; Vergonha; Inveja; Timidez; Medo;
- Humilhação; Raiva.
- E, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional)
5- Quando começa a se formar a auto-estima?
R - Na infância.
6- Como se desenvolve a Auto Estima nas crianças:
R - A partir de como a criança percebe que é tratada pelas outras pessoas ela forma uma idéia de como ela é.
Quando se percebe bem tratada pode construir uma idéia de que é uma pessoa boa, estimada e age como se esperasse que mais coisa boa lhe acontecesse.
Em geral é o que ocorre com crianças que cantam, dançam, riem e brincam bastante.
Quando se percebe mal tratada pode construir uma idéia de que é uma pessoa má, não estimada e age como se esperasse que mais coisas más lhe acontecessem.
Em geral é o que ocorre com crianças que ficam tímidas, irritadas, isoladas e brincam poucos.
7- Isto significa

R – Depende da idade e do amadurecimento mental da criança.
Quanto mais nova é a criança menor é a sua capacidade entre saber o que é real ou fantasia. Ou seja, quanto mais nova mais facilmente acreditará que tudo é real.
Muitas crianças pequenas, na nossa opinião, são maltratadas pelos adultos. O que não significa que elas se sintam maltratadas.
Nós, adultos, sabemos que as nossas cognições (idéias) sobre as situações determinam nossos sentimentos e por sabermos que nossa avaliação nem sempre está certa passamos a questionar, refletir antes de acreditar nas nossas idéias ou nas idéias das outras pessoas. As crianças mais novas ainda não sabem disto, tornando-se mais vulneráveis e influênciáveis pelas outras pessoas.
8- Quando a criança é pequena ela tem consciência de que está julgando e formando idéias sobre uma situação ?
Não.
Uma criança, em seus primeiros anos de vida:
- Não nasce sabendo que forma idéias;
- Não sabe que essas idéias geram emoções;
- Não sabe que essas idéias geram sensações e reações;
- Não sabe que essas idéias geram comportamentos;
- Não sabe que essas idéias podem não ser totalmente verdadeiras.
Nos primeiros anos de vida a criança não desenvolveu, o hábito de perceber suas próprias idéias.
E este deve ser o primeiro passo para que crie também o hábito de desafiar e questionar essas idéias.
9- E como ela vai chegar a esta consciência?
R – As crianças começam imitando as outras pessoas, ou seja, elas imitam os comportamentos que e

Com o tempo a criança perceberá que tem comportamentos e idéias diferentes das outras pessoas.
Ou seja, à medida que eu entendo o outro eu posso ter uma idéia de como eu sou.
10- Então os adultos têm uma grande responsabilidade sobre a formação da auto-estima nas crianças?
R – Sim. As crianças imitam os adultos porque acreditam neles. E não só nos adultos, mas também nas outras pessoas com quem convivem no dia-a-dia. Essas pessoas podem ser crianças ou adolescentes.
11- Mas principalmente, os adultos?
R – Sim, pois se os adultos estão sempre opinando a partir de uma perspectiva negativa para as crianças, e se estão sempre taxando-os de inúteis e incapazes, ou usando de zombarias e ironias, irá se formando neles uma imagem "pequena" de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, repetem-se as mesmas relações, teremos uma pessoa com auto - estima baixa e ba

Os adultos, têm uma grande responsabilidade em colaborar para que as crianças formem boas idéias e se transforme numa pessoa com uma boa auto-estima.
12- Essa colaboração deve se dar a partir de quando?
R – Desde que passou a se dirigir a criança, seja antes ou depois que nasceu, os adultos, principalmente, já podem contribuir para que a criança desenvolva boas idéias e forme uma auto-estima positiva.
13- Como ?
R – Prestando atenção nos comportamentos da criança e no que ela fala.
As crianças falam de suas observações sobre ela mesma, às pessoas, as situações e o futuro.
Essas

14- Como o adulto modela a criança?
R – Em primeiro lugar quando ele já aprendeu que:
- Ele forma idéias sobre as situações;
- Sabe que essas idéias geram emoções;
- Sabe que essas idéias geram sensações e reações;
- Sabe que essas idéias geram comportamentos;
- Sabe que essas idéias podem não ser totalmente verdadeiras.
Em segundo lugar:
- Ao observar o que a criança faz ou fala os adultos podem identificar qual foi o critério que ela utilizou para avaliar as situações que passou.
Examinando se esses critérios estão de acordo com a lógica do contexto de uma determinada situação.
15- Como é essa lógica do contexto de uma determinada situação?
R – Existe uma forma lógica de avaliar as situações que ocorrem no dia-a-dia:
- A lógica mostra que os fatos podem ocorrer em uma situação ou todas. (Uma criança pode ser diferente num traço , mas igual as outras crianças em outros traços).
- A lógica mostra que os fatos podem passar ou ficar para sempre como está.(Uma criança gripada está mal por alguns dias, outra com diabetes pode ter que cuidar-se sempre)
- A lógica mostra que os fatos podem ser da minha responsabilidade ou dos outros.(a criança pode cair por não prestar atenção, mas o chão pode estar escorregadio porque não foi limpo).
16 - Resumindo então pela lógica devemos considerar três aspectos?
R – Sim. Analisar o aspecto que mostra se o evento é:
1 - específico ou geral ( ex. não acertar uma questão entre dez, não é a mesma coisa errar todas numa prova; ir mal em uma matéria escolar não é a mesma coisa que repetir de ano; ter uma taquicardia não é a mesma coisa que desmaiar; posso ter um sintoma de uma doença, mas não ter a doença);
2 - passageiro ou permanente (ex. ficar sem ir à aula um dia não é a mesma coisa que nunca mais ir a escola; estar doente um dia não é a mesma cois

3 - responsabilidade pessoal ou impessoal (ex. ir mal numa prova não significa que só dependeu da criança e que ela seja burra; esquecer de lembrar de um compromisso não depende só da criança, não significa que seja desinteressada).
17- Em qual idade a criança pode começar a ser preparada para ter consciência desses modos de avaliação?
R - A medida que a criança atinge uma idade pré-escolar (05 aos 7 anos) os adultos poderão começar a mostrar as diferenças no modo da criança avaliar as situações, usando os exemplos delas no dia-a-dia.
Assim, contribuirá para que a criança desenvolva o hábito de analisar as situações do dia-a-dia de uma forma lógica; discriminando entre o que é uma fantasia e o que é um fato real.
Ou seja, ela estará formando idéias mais realistas sobre si mesma e as pessoas podendo ter uma idéia de futuro com mais esperança.
O que servirá contra conclusões supernegativas que geram a baixa auto-estima, a depressão, a ansiedade e outros problemas psicológicos.
18- Além dos aspectos de ensinar a criança a avaliar as situações o que mais pode contribuir para desenvolver a auto - estima delas?
R - É importante ensinar à criança que ela pode fazer algumas coisas bem, e que pode ter problemas com outras coisas.
- E que esperamos que faça o melhor que puder.
- Também é uma boa ajuda admitirmos nossos próprios erros ou fracassos.
- Ela precisa saber que também nós não somos perfeitos : "Sinto muito. Não devia ter gritado. Fiquei o dia todo chateado."
- Para ajudá-la a criar bons sentimentos é importante elogiá-la e incentivá-la quando pr

- que "pode aprender", que "consegue" e
- que sua família lhe quer bem e a respeita.
- O cuidado reside em adequar as tarefas que cabem a cada idade e permitir que ela tente, como colocar o suco no copo (ainda que derrame), a roupa (mesmo do avesso), a jogar objetos no lixo, guardar os brinquedos, as peças do jogo, ajudar na arrumação dos seus livros, fitas de vídeo, enfim,
- solicitar a ajuda da criança, partilhando com ela pequenos afazeres, vale até aplausos às suas conquistas.
- Portanto, estabeleça metas realistas e adequadas a idade da criança. Dê-lhe oportunidade de desenvolver-se sem super protegê-lo ou sem pressioná-lo, nem compará-lo com outras crianças.
- Assim, ele formará uma idéia, um conceito positivo de si mesmo.
- E para desenvolver esse sentimento, estimule-o quando ele sentir que não tem condições de realizar algo.
- Talvez tenha de dizer-lhe : "Claro que você pode. Vamos, vou te ajudar."
19- Quais os resultados da auto-estima elevada?
- mais à vontade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto
- sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem

- harmonia entre o que sente e o que diz
- necessidade de aprovação diminui
- maior flexibilidade aos fatos
- autoconfiança elevada
- amor-próprio aumenta
- satisfação pessoal
- maior desempenho profissional, sonhos mais altos.- relações saudáveis; paz interior.
Vale a pena colaborar para que crianças tenham pensamentos felizes!!
Arnaldo Vicente, Psicólogo, Terapeuta Cognitivo, Vice- Presidente da ABPC
Fonte: clique aqui
2 comentários:
muito obrigada!!!
O ARTIGO FOI MUITO IMPORTANTE PARA MIM, TINHA ALGUMAS IDEIAS ERRADAS
OBRIGADA
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