quinta-feira, 12 de junho de 2008

Promoção da relação e da criatividade das crianças

1 - Brincar com a criança
A sua interacção com a criança é mais importante, do que dar brinquedos caros. Desenvolver uma boa relação e ter tempo de qualidade para o seu filho, faz mais para promover as competências e a criatividade dele, do que qualquer objecto que possa comprar.

2 - Ajudar a criança a observar
Ensinar a criança a realmente ver e escutar (cores, formas, sons), esta é a porta de entrada dos sentidos (plante e veja o crescer de um feijão ou saia de casa e explore a natureza com o seu filho) .

3 - Manter viva a curiosidade natural da criança
Aceitar e cultivar perguntas e respostas pouco comuns.

4 - Criar um ambiente rico e diversificado
Colocar sempre ao dispor da criança materiais diversos tais como: papel, tinta, pano, barro, etc. Um bom brinquedo, também, exerce um papel fundamental, no desenvolvimento infantil: se for adaptado à idade e desenvolvimento da criança e não promover agressividade. Deve-se desafiar e intrigar a criança e não frustrá-la ou enraivecê-la.

5 - Encorajar uma independência razoável
A auto-suficiência (o ser uma criança desenrascada) é uma característica dos indivíduos criativos.

6 - Evitar uma diferenciação prematura dos papéis sexuais (masculino/feminino) Os brinquedos só para meninos ou só para meninas diminuem a criatividade.

7 - Permitir, à criança, que ela tome decisões
A criança precisa ter experiência no processo de escolhas (imaginar as consequências desta ou daquela acção e escolher com base naquilo que tem maior importância).
8 - Permitir um diálogo franco
Ao conversar com a criança, permitindo que ela faça todas as perguntas e trocando ideias com ela, facilita-se o aparecimento ideias novas e originais, que devem ser reconhecidas e elogiadas.

9 - Ser tolerante a erros
Para desenvolver sua capacidade criativa, a criança deve poder errar e tentar de novo.

10 - Usar adequadamente as novas tecnologias
Escolha programas e jogos adequados à idade da criança e aproveite para assistir/jogar com ela. Apesar de dever controlar as horas em frente à televisão, computador ou consolas de jogos, pode aproveitá-los para estar e conversar com o seu filho.

11 - Respeitar a necessidade que a criança tem de privacidade e silêncio
As crianças adoram ter um lugar, onde possam se esconder e não fazer absolutamente nada. É preciso tempo para sonharem acordadas, para relaxarem e para estarem entregues aos seus próprios pensamentos.
12 - Ajudar a criança a aprofundar e aumentar seus interesses
Não adianta impor interesses à criança, deve-se respeitar os seus (ex. dinossauros), ajudando-a a aprofundá-los (levando-a, por ex., a um museu). O esforço pessoal representa o primeiro passo para o desenvolvimento da criatividade

13 - Respeitar os limites evolutivos da criança
Aceitar o facto de que a criatividade depende das possibilidades de cada um, assim como da idade em que a criança se encontra.

14 - Relacionar-se criativamente
É necessário entrar, imaginativamente, nas experiências de pensamento e sentimento da criança (porque não brincar às casinhas com ela).

15 - Saber avaliar-se e empenhar-se na formação de padrões
Para ser capaz de julgar o seu próprio trabalho, a criança deve aprender a ter crítica construtiva (ex. o desenho está bonito, mas eu sei fazer melhor);

16 - Proporcionar, à criança, uma boa educação artística
Pintura, dança, música, teatro etc., são um complemento fundamental à educação intelectual e social da criança. É a educação da capacidade de expressão e criação espontânea da criança, que contribui para a formação de indivíduos sensíveis e criativos.
17 - Induzir a aprendizagem por descoberta
Induzir a criança a que ela faça suas próprias descobertas, ao invés de lhe apontar o caminho correcto que deve seguir (em vez de “dar o peixe”, ensinar a pescar). Deixar que ela descubra, por si só, o óbvio para os adultos, mas que para ela é novidade. Para isso é necessário que ela descubra suas próprias soluções.

18 - Valorizar o trabalho da criança
A criatividade nasce, mais facilmente, num ambiente, onde a criança é genuína e claramente valorizada e amada.

(Adaptado Semira A. Vaisencher )

Como escolher os brinquedos certos para bebés ???
Os pais são o melhor e mais divertido meio de aprendizagem para o recém-nascido, pois o seu rosto tem expressões que se modificam e olhos que se mexem, os pais fazem sons de que o bebé gosta, têm 10 dedos fascinantes para pegar, segurar e puxar…

É claro que os brinquedos são importantes, mas muitos podem até ser objectos de uso diário (colheres, garrafas e bacias de plástico, tachos, espelhos…). Os primeiros brinquedos dos bebés devem ser aqueles que despertam os sentidos da visão (caixas de actividades com espelhos, luzes e botões de girar), da audição (chocalhos, móbiles) e do tacto (bonecos de peluche, bolas).

Procure cores vivas, sons melódicos e atraentes, texturas interessantes e variadas. Mas os brinquedos devem ser acima de tudo seguros, e porque os bebés tendem a colocar tudo na boca certifique-se que estejam limpos e que não tenham peças que possam ser engolidas.

Escolhendo os brinquedos certos para crianças de 1 a 3 anos
Com 1 ano de idade estão-se a desenvolver as habilidades motoras do seu bebé e a coordenação mão-olho é cada vez maior: ele está interessado em objectos que se movem e fazem sons, objectos de ligar e desligar… Nesta fase, as actividades que envolvem abrir e fechar, pôr e tirar e brincar às escondidas são das suas favoritas.
Os brinquedos para as crianças que estão a aprender a caminhar, entre os 12-24 meses, são preferencialmente os blocos ou argolas coloridos de empilhar, as formas de encaixe, os bonecos sobretudo com roupas que oferecem a possibilidade de abotoar, fechar, pressionar e amarrar, e os brinquedos eléctricos que se movem e fazem sons.
Para as crianças de 2 a 3 anos, os brinquedos que permitem imitar os adultos são os seus preferidos. Por exemplo, as cozinhas, electrodomésticos e ferramentas de brincar, os volantes com buzina e velocímetro, os livros e telefones sonoros, os comboios de empurrar e as tendas de brincar. Conforme vão crescendo mais os brinquedos que estimulam a concentração, enquanto desenvolvem as habilidades motoras e de manipulação são fundamentais, como por ex., os puzzles de plástico ou madeira, os cubos de imagens, os quadros de pintar ou colar, os dominós e cartas de imagens, etc.

Lendo para a criança...
A leitura ajuda a desenvolver quatro competências básicas associadas ao raciocínio: a atenção, a memória, a resolução de problemas e a linguagem. A melhor maneira de incentivar o seu filho a gostar de livros é ler em voz alta para ele, desde o nascimento.

Apesar de o bebé não entender as palavras que lê, adora o som da sua voz. Mais tarde pode apontar para as figuras que o bebé conhece e dizer o nome ou fazer o som (o cão, faz au au). Os primeiros livros devem ter histórias curtas, vivamente ilustradas e alguns devem ser próprios para que o bebé possa pegar neles (pequenos, de tecido, plásticos ou cartão grosso).

Por volta dos 2 anos as crianças já são capazes de apreciar, virar páginas e ter cuidado com os livros…

Após os 3 anos é uma boa altura para levá-las à Biblioteca local, que além de ser uma fonte gratuita de livros, desenvolve muitas vezes a hora do conto para crianças.

Tornar a leitura parte do ritual da hora de dormir é uma maneira de ajudar a criança a relaxar e a preparar-se para um bom sono… e não tenha medo de inventar histórias e ajudar a estimula a criatividade do seu filho.
(Adapt. M. Meyerhoff)

______________________________ Ana Sousa (psicóloga)

3 comentários:

Anónimo disse...

É fundamental que os pais dediquem um pouco do seu tempo para brincar e estimular os seus filhos. Não depositem a função de brincar e estimular apenas nos educadores e professores. Vale a pena tentar!

Anónimo disse...

Pois é. Tinha o Simão 4 meses quando o viciei na biblioteca/bebéteca municipal. Ele adora folhear aqueles livrinhos para pequenitos. Passados 2 meses,já acena e pede para o dirigir biblioteca cá de casa para para vasculhar alguns livrinhos.
"É de pequenino que se torce o pepino mesmo"

José

Unknown disse...

Queridos pais podem acreditar que aquela meia hora por dia, que dedicam à brincadeira com os vossos filhotes é de uma importancia tal para o seu desenvolvimento harmonioso que quando se consciencializarem dessa verdade,descobrem que tudo passa nesta vida, só o amor permanece, mesmo para além da morte.
As famílias que partilham bricadeira ( e também toda a vivência da família, cada qual com o seu papel)são mais unidas e felizes!