mesmo quando não falamos...
A comunicação faz-se através de palavras (verbal) e
também através de gestos, expressões faciais,
tom de voz, silêncios, etc. (não verbal).
No entanto, nem sempre conseguimos comunicar aquilo que realmente queremos, ou da forma como queremos.
A seguir damos algumas dicas para tornar
a comunicação mais clara e efectiva.
1. Fale calmamente
Fale num tom de voz calmo e pausado, usando frases curtas e directas. Diga uma coisa de cada vez (não salte de assunto).
2. Use mensagens “eu” em vez de mensagens “tu”
As mensagens “eu” centram-se em nós e promovem uma comunicação clara dos nossos comportamentos e sentimentos. Ao usar frases “eu”, embora esteja a confrontar a criança, porque está a falar sobre o seu comportamento, não a magoa.
Nas mensagens “tu” o foco passa a ser a outra pessoa e soam a criticismo. A outra pessoa reage quase sempre com raiva, sente-se humilhada e tem uma atitude defensiva.
Exemplo:
Mensagem “tu”: “Tu nunca chegas a horas, és sempre o mesmo atrasado!”
Mensagem “eu”: “Eu fico preocupada/ aborrecida quando chegas atrasado.”
3. Seja específico
Diga exactamente aquilo que quer. Quando quer que a criança faça alguma coisa, diga de forma clara e específica o comportamento que pretende ver realizado. Concentre-se num tópico de cada vez.
4. Seja breve
Use uma linguagem simples e directa, seja breve, sem rodeios.
5. Verifique se a criança está a ouvir/ compreender
Pode perguntar: “o que é que achas?”, “concordas?”. Fazer perguntas envolve quem está a ouvir e permite verificar se compreendeu.
6. Mostre que está a ouvir
Pode mostrar que está a ouvir, que está interessado e atento, mantendo um bom contacto ocular e mostrando que compreende o que a criança lhe diz e sente (ex.: acenando com a cabeça, dizendo “hum-hum”).
7. Faça a criança sentir que você a compreende
Acompanhe o discurso ou as experiências da criança, mostrando interesse e que o que se passa com ela não lhe é indiferente, ou seja, mostre à criança que você está atento. Isso faz com que se sinta com valor e que alguém lhe dá atenção.
Exemplo:
“Percebo, deves ter-te sentido muito triste com isso.”
8. Coloque questões para esclarecer dúvidas
Para se mostrar interessado e perceber exactamente aquilo que a criança quer dizer, é útil fazer questões.
OBSTÁCULOS A UMA COMUNICAÇÃO CLARA E EFECTIVA
1. “Deitar abaixo”
Exemplo:
chamar nomes, insultar, rir-se de forma inapropriada, fazer comentários depreciativos, troçar das ideias ou dos esforços dos outros.
2. Usar frases coercivas
Exemplo: “tens que”, “deves”...
3. Misturar frases positivas e negativas
Exemplo:
2. Usar frases coercivas
Exemplo: “tens que”, “deves”...
3. Misturar frases positivas e negativas
Exemplo:
“Muito bem, fico contente que tenhas feito hoje tua a cama, já não era sem tempo!”
4. “Ser historiador”
Exemplo:
4. “Ser historiador”
Exemplo:
Estar sempre a lembrar o que correu mal no passado.
5. Falar pelos outros
Exemplo:
5. Falar pelos outros
Exemplo:
“nós estamos muito zangados contigo”.
6. Ter sinais verbais e não verbais inconsistentes
Ou seja, dizer uma coisa mas demonstrar outra através do não verbal (corpo ou expressão facial, tom de voz..)
Exemplo: “está muito bem o teu desenho”, ao mesmo tempo que desvia o olhar e faz uma cara de reprovação.
7. Culpabilizar
Exemplo: “És sempre o mesmo trapalhão!”.
8. Usar “palavras-rastilho”
Ou seja, que fazem aumentar a tensão e provocam conflito. Muitas vezes fazem explodir reacções emocionais e comportamentos desadequados, e dão origem, posteriormente, a reacções do género: “não sei como fiz aquilo.”
Exemplo:
Linguagem extremista - “sempre, nunca, constantemente, para sempre,...”;
Linguagem crítica - “é melhor que, tens de, devias...”
Rotulagem - “mau, burro, idiota, terrível, porco, peste”.
Tente usar uma linguagem mais flexível
Exemplo:
Linguagem crítica - “é melhor que, tens de, devias...”
Rotulagem - “mau, burro, idiota, terrível, porco, peste”.
Tente usar uma linguagem mais flexível
Exemplo:
dizer “às vezes” em vez de “sempre”, “agora”, em vez de “nunca”.
Uma linguagem assim tem a vantagem de evitar a escalada do conflito e de não o fazer perder a calma.
É importante nunca esquecer que quando os adultos se descontrolam as crianças seguem o seu exemplo e aprendem que esse comportamento é aceitável.
Elas aprendem a fazer o mesmo.
Uma linguagem assim tem a vantagem de evitar a escalada do conflito e de não o fazer perder a calma.
É importante nunca esquecer que quando os adultos se descontrolam as crianças seguem o seu exemplo e aprendem que esse comportamento é aceitável.
Elas aprendem a fazer o mesmo.
Próximo postagem: "como lidar com o mau comportamento”
joão figeiredo - psicologo
joão figeiredo - psicologo
2 comentários:
Estava mesmo a precisar de ler um artigo como este. O meu filhote Rodrigo, por vezes deixa-me sem palavras, parece que está sempre a testar a minha autoridade... e só tem 2 anos...
Obrigada creio que aprendi alguma coisa por isso vou continuar a visitar-vos. Bem hajam
Fernanda
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